segunda-feira, 14 de novembro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

A Relação entre a Gestão da Qualidade Total e o Seis Sigma


A Gestão da Qualidade Total (TQM - "Total Quality Management") consiste em uma estratégia da administração e controle de qualidade em todos os processos da empresa.
A palavra “Total” significa que a qualidade não é só da organização, mas também se estende para os fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios.
O Seis Sigma é uma abordagem estatística que mede e analisa dados, avalia variações estatísticas para corrigir defeitos dos processos.
O Seis Sigma é usado junto com o Controle Estatístico de Processos, e juntos os dois utilizam as estatísticas, a fim de monitorar e manter seus processos. Portanto, o seis sigma é um conjunto de TQM levado a outro nível.

domingo, 29 de maio de 2011

A Utilização dos Indicadores

A utilização dos indicadores é de extremamente importância nas organizações de saúde, pois proporcionam uma medida e permitem o monitoramento e a identificação de oportunidades de melhoria dos departamentos e de mudanças para o alcance da qualidade.
Os dados e informações que formam os indicadores subsidiam a tomada de decisões.
Os indicadores devem ser coletados e divulgados o mais rápido possível para permitir a análise e a tomada de decisão pelos gestores e lideranças.

Alguns indicadores e suas respectivas classificações:

Indicador
Classificação
Taxa de Ocupação

Desempenho
Média de Permanência

Desempenho
Rotatividade dos Leitos

Desempenho
Tempo de Espera para Internação

Desempenho
Tempo de Entrega dos Leitos

Desempenho
Leitos-Dia

Desempenho
Paciente-Dia

Desempenho
Rotatividade dos Colaboradores

Moral ou de Pessoas
Turn-Over

Moral ou de Pessoas
Absenteísmo dos Colaboradores

Moral ou de Pessoas
Satisfação do Cliente

Qualidade
Taxa de Infecção Global

Qualidade
Taxa de Mortalidade

Qualidade
Curva ABC de Custos

Econômicos - Financeiros

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Planejamento Estratégico na Saúde Pública: quais os desafios?

Evidenciamos os desafios na implantação da mudança nas organizações de saúde para a democratização dos processos, do planejamento e da gestão. Acredito que enfrentamos questões de ordem política e social.
Muitas das dificuldades das mudanças nas organizações ocorrem por questões sociais do indivíduo, como insegurança e medo.     
Na relação de saúde e doença nos deparamos com a realidade de que o grupo que mais utiliza os serviços de saúde no Brasil é o grupo de menor renda per capita.
Também nos deparamos com a banalização de alguns serviços públicos de saúde no que se refere à omissão por uma parcela de profissionais de saúde e o desrespeito com o usuário/ paciente.
Mesmo os profissionais que não exercem o atendimento direto ao paciente, como nas áreas de diagnóstico e nas áreas administrativas e gerenciais, percebemos certa angústia em função do próprio contexto em que se inserem as organizações públicas no Brasil.   
O planejamento e a gestão possuem desafios em sua implantação pela dificuldade de interação entre os responsáveis pela organização e os diversos profissionais na busca de seus objetivos. 
Há a necessidade de autonomia dos profissionais responsáveis pelo planejamento e pela gestão para a sua construção de forma coletiva.
Acredito que estas dificuldades são mais frequentes em serviços de saúde pública, pois tenho percebido um avanço em hospitais privados em relação a construção do planejamento estratégico e sua disseminação nas organizações de saúde.


Referência: Marilene de Castilho Sá. Subjetividade e projetos coletivos: mal-estar e governabilidade nas organizações de saúde. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 6. Nº 1. Rio de Janeiro. 2001.  

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232001000100013

terça-feira, 26 de abril de 2011

A Importância da Auditoria Interna

     A auditoria interna contribui para que a organização atinja seus objetivos através de uma abordagem sistemática, detalhista e disciplinada para avaliar e melhorar a efetividade dos processos e o gerenciamento dos riscos institucionais.  
     A auditoria interna gera planos de ação para a correção dos desvios, proporciona oportunidade para que os gestores e responsáveis dos departamentos melhorem seus processos junto com as equipes de trabalho. 
     A Auditoria deve agregar valores à instituição, identificar pontos fortes e fracos, ela auxilia a alta administração quando proporciona análises, sugestões e comentários objetivos, acerca das atividades auditadas.
   

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sistema da Gestão da Qualidade – SGQ


    O objetivo do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) é alcançar resultados em relação aos objetivos da qualidade. Com o SGQ todos os envolvidos estão orientados e conscientizados para a Missão, Visão, Valores e Política da Qualidade da organização.
        O sistema oferece ferramentas para evidenciar , acompanhar e gerenciar as ações corretivas e preventivas (não conformidades) nos processos de obtenção e manutenção de certificados de qualidade.
Os tratamentos de ações preventivas e ações corretivas utilizam
o método PDCA.  
        As auditorias internas também são importantes, pois asseguram que o sistema esteja sólido e preparado para as auditorias de certificações.

   

terça-feira, 12 de abril de 2011

Gestão da Produção da Informação


Para garantir a gestão da produção da informação deve-se conhecer cada processo do sistema hospitalar, monitorar os processos e os resultados assistenciais, sendo importante que as informações sejam atuais e confiáveis.
Segundo Novaes, nos últimos anos além da efetividade e eficiência nas organizações, existe a questão de segurança do paciente e a identificação dos eventos adversos que passa a ser essencial nos serviços de saúde.
Os indicadores nas organizações de saúde se apresentam em grande número, normalmente são analisados internamente e é realizado o benchmarking para melhoria dos procedimentos e melhoria dos dados. 
No Brasil os modelos de avaliação dos indicadores na sáude são discutidos pelo Programa CQH e o SIPAGEH, entre outras instituições.
Novaes, refere que o prontuário antes chamado de prontuário médico, agora é chamado de prontuário do paciente e um dos documentos mais importantes do prontuário é o resumo de alta que pode ser utilizado para análise clínica, administrativa, fincanceira e para a pesquisa.
Os indicadores utilizados na avaliação do desempenho hospitalar são construídos através do censo hospitalar, como a taxa de ocupação, média de permanência, índice de rotatividade, taxa de mortalidade hospitalar e institucional. Para tanto, a qualidade dos dados e os cuidados na análise são essenciais para a apoio a tomada de decisão e que contribua para a qualidade da assistência.
 

Referência:

Novaes, Hillegonda Maria Dutilh; Schout Denise. Do registro ao indicador : gestão da produção da informação asistencial nos hospitais. Ciência e Saúde Coletiva, vol 12, n º 4. Rio de Janeiro, Jul/Ago. 2007.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sistemas de Gestão Integrados - Sugestão de Livro

Este livro é muito sugerido nos cursos de Gestão de Qualidade Integrada.





Livro: Sistemas de Gestão Integrados: ISO 9001, NBR 16001, OHSAS 18001, SA 8000: Conceitos e aplicações. Jorge Pedreira de Cerqueira. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.

Frases sobre Qualidade:

 Frases sobre Qualidade:

A qualidade nunca se obtém por acaso; ela é sempre o resultado do esforço inteligente." (John Ruskin)


“Acredito em Deus, todos os outros devem apresentar dados e fatos” (William Edwards Deming)

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Utilização do FMEA (Análise dos Modos de Falhas e de seus Efeitos) - Aplicação da ferramenta na área hospitalar


O que é?
Técnica utilizada para avaliação de estudos de confiabilidade e segurança de produtos, identificação de perigos latentes.

Objetivos Gerais:
Ferramenta que permite a prevenção de problemas, planejamento de projetos e processos.
Reduzir riscos nos pocessos e riscos dos produtos.
Melhorar a satisfação dos clientes internos e externos.

Benefícios:
Satisfação do cliente aumentada.
Menor custo operacional.

Impactos na organização com a utilização do FMEA.
Deve ser desenvolvido por equipe multiprofissional.
Os membros devem ser treinados. 

Início do trabalho:
Formação de uma Equipe: Um coordenador e um relator.
Pode ser utilizado um software para os registros dos formulários do FMEA.

Aplicação em hospitais para os erros de medicação:
Reduzir riscos e danos aos pacientes
Identificar as possíveis falhas e analisar seus efeitos
Classificar as falhas de processo
Diminuir as falhas (eliminar causas)
Implantar a cultura de prevenção

Início das atividades:
Realizar pesquisa de campo
Realizar pesquisa literária
Desenhar os fluxos da medicação, desde a aquisição, recebimento, armazenamento, prescrição, dispensação até a administração do medicamento, incluindo setores críticos, como Centro Cirúrgico, UTI e Quimioterapia.
Analisar e registrar as possibilidades de erros.
O FMEA utiliza três tabelas básicas que pontuam a Detecção (D), a freqüência que o evento pode ocorrer (F) e a gravidade do efeito.  
Estas tabelas pontuam notas de 1 a 10.

Vantagens:
Permite identificar as potenciais falhas do processo por uma equipe multiprofissional.
Permite identificar o erro antes que ele ocorra.
Identifica para as lideranças o ponto de maior risco.

Ao aplicar a ferramenta podem-se observar as seguintes medidas de curto e médio prazo:
Prescrição médica com conferência eletrônica com o código de barras.
Revisão do preparo e administração de medicamentos.
Descrição dos procedimentos: aprazamento, drogas de infusão controlada, medicamentos via sonda, treinamento da equipe de enfermagem.
Realização de campanha sobre administração de medicamentos.
Realizar busca ativa relacionada ao erro de medicação.

Medidas em longo prazo:
Implantação de um sistema eletrônico que permita e controle:
checagem eletrônica à beira leito (paciente X medicamento X prescrição X  dose).
interações medicamentosas.

Resultados Esperados:
Segurança do paciente
Redução de Perdas
Otimização de Recursos

Referências:
Segurança do Paciente. Elisabete Gava Canella. Hospital Israelita Albert Einstein.
Treinamento do FMEA - 4ª edição. Mauri José Guerra, 2011.
O Significado dos 5Ss


Em japonês, o método foi chamado de 5Ss, pois as cinco palavras que representam cada fase começam com a letra S.

Seiri - Senso de Arrumação - Descarte
Seiton - Senso de Ordenação - Organização
Seiso - Senso de Limpeza - Limpeza
Seiketsu - Senso de Asseio - Higiene
Shitsuke - Senso de Autodisciplina - Ordem Mantida

SEIRI: Senso de utilização (descarte). Esse senso é de utilidade, ou seja, separar as coisas úteis das inúteis, dando um destino para aquelas que, no momento e no ambiente atual, não são mais úteis. Vale à pena esclarecer que inútil não significa que poderá ser jogado fora, e sim que no momento não tem utilidade naquele local específico.
SEITON: Senso de organização (organização). A ordem é "pesquisa de layout", de forma a encontrar um lugar para cada coisa e manter todas as coisas sempre em seus devidos lugares. A organização é a etapa que mais contribui para o "gerenciamento visual”.
SEISO: Senso de respeito (limpeza) Esse senso é de respeito a tudo que está ao nosso redor - Objetos, equipamentos, instalações - e às pessoas. Terminada a etapa do senso de utilização, ficou somente o útil, e este deverá ser respeitado, pois quando for preciso deverá cumprir seu propósito.
SEIKETSU: Senso de higiene (higiene). Higiene é o senso para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nele são praticados todos os sensos anteriores, na vida pessoal e no ambiente, para garantir uma melhor qualidade de vida.
SHITSUKE: Senso de autodisciplina (ordem mantida). Autodisciplina significa autocontrole, nova atitude para ter e manter as habilidades de fazer as coisas certas. Argumentar sobre o caminho percorrido até o momento, os benefícios obtidos e a importância da continuidade. Uma vez obtido o comprometimento de todos os envolvidos, cumprirem rigorosamente as regras.

Fonte: Programa D-OLHO na Qualidade - 5Ss - SEBRAE

A Importância das Notificações dos Eventos Sentinelas


A notificação de eventos sentinelas é fundamental para o processo de melhoria contínua da qualidade, melhoria da assistência, para a segurança do paciente e para a segurança dos colaboradores.

Segundo a ONA (Organização Nacional de Acreditação), o evento sentinela é qualquer evento imprevisto que pode resultar em dano para os clientes externos e internos da organização.

Para o CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar), eventos sentinelas, são fatos indesejáveis no atendimento médico hospitalar com potencial de repercussão na mídia e/ou denúncia formal.

A ocorrência de eventos sentinelas sinaliza a necessidade de melhorias no processo da organização e requer investigação imediata de suas causas.

A notificação dos eventos tem como objetivos: a melhoria dos processos assistenciais, a execução de medidas preventivas e visa garantir a segurança do paciente.












domingo, 6 de março de 2011

A História dos Indicadores na Saúde


Com a evolução do atendimento médico hospitalar, houve a necessidade de se registrar os procedimentos, a terapêutica, as condutas empregadas. Considerou-se a necessidade de um sistema para quantificar estas informações em dados.
Para mensurar as informações criou-se um instrumento, com necessidade de análise e ações a serem realizadas.
Alguns exemplos e nomes relacionados aos indicadores na área da saúde:
·      1662 - John Graunt: análise de nascimento e óbitos semanais na cidade de Londres, quantificando o padrão de morbidade em sua população.
·      1839 - William Fart: cria um registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra e País de Gales, institucionalizando a estatística na área de saúde pública.
·      1854 - John Snow a partir de seus estudos sobre a cólera em Londres aplicou um raciocínio epidemiológico, resultando em benefícios à população, pela melhoria do abastecimento de água e do sistema de esgotos.
·       1855 - Florence Nightingale, durante a guerra da Criméia coletou dados e sistematizou práticas de manuseio de arquivos e registros, introduzindo medidas inovadoras no cuidado ao paciente.
·      1910 - Ernest Codman, formulou o sistema de resultados finais, a primeira proposta para um sistema de gerenciamento de resultados, pelo qual o hospital deveria seguir o paciente para verificar a eficácia dos tratamentos.  
·      1913 - O American College of Surgeons – ACS, estabeleceu como um de seus objetivos o aperfeiçoamento da qualidade no cuidado dos pacientes cirúrgicos e o estabelecimento de padrões para os hospitais.
·      1960 - A Joint Commission percebeu que a maioria dos hospitais americanos, já havia alcançado os padrões mínimos exigidos, considerou a necessidade de desenvolver padrões considerados ótimos, o que ocorreu na década de 70.   
·      1989 - O processo de qualificação hospitalar foi iniciado com a Organização Nacional da Saúde, criando padrões adequados às realidades dos diferentes locais, juntamente com a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS.
·      1990 a Associação Paulista de Medicina – APM, criou um grupo  que ficou responsável pelo desenvolvimento de estudos visando a classificação de hospitais segundo critérios de qualidade, a APM utilizou indicadores hospitalares à metodologia como forma de avaliar a qualidade da assistência.  Posteriormente a APM e o Conselho Regional de Medicina deram origem ao Programa de Controle de Qualidade Hospitalar – CQH.
·      2001 - O Ministério da Saúde reconhece a ONA como a instituição competente e autorizada para o processo de Acreditação Hospitalar.
O que são indicadores?
“São medidas que contém informações relevantes sobre as dimensões da saúde, bem como o sistema de desempenho da saúde, analisados em conjunto são utilizados para a vigilância sanitária de saúde”.
“Para a OMS são marcadores da situação da saúde, desempenho de serviços para definir a monitorização de objetivos, metas e desempenho.
“Dados ou informações numéricas que quantificam as entradas e saídas dos processos. São usados para acompanhar e melhorar os resultados ao longo do tempo (FNQ).
Para a estatística:
É qualquer dado quantitativo, representado por um volume de dados numéricos que apresentam inter-relação. Estes dados permitem a análise estatística e informações para as tomadas de decisão.

Referência:

Binz, Mario Arthur Rochenbach; Roessler, Ione Fuhrmeisteir. Indicadores de Desempenho. 2ª ed. Brasília. Treinamento: ONA, 2006.